Alexandre Magno Frota Monteiro ¹, Luís Flávio Chaves Anunciação ², Rodrigo Cordeiro Barreto ³ 1 – Psicólogo, mestrando em Neurociências pela Universidade de Barcelona, Coordenador do Projeto Animallis de Terapia Assistida por Animais. 2 – Acadêmico de Psicologia do UNI-IBMR, membro da equipe de Psicologia do Projeto Animallis de Terapia Assistida por Animais. 3 – Acadêmico de Psicologia do UNI-IBMR, membro da equipe de Psicologia do Projeto Animallis de Terapia Assistida por Animais. PALAVRAS-CHAVE: Alzheimer, reabilitação cognitiva, terapia assistida por animais, neuropsicologia.
RESUMO Este estudo de caso sugere uma nova ferramenta para o processo de reabilitação cognitiva de idosos com a doença de Alzheimer. O sujeito deste estudo é uma senhora de 84 anos, viúva, dois filhos, pianista, diagnosticada com doença de Alzheimer e hospedada em instituição psiquátrica e geriátrica há 18 anos. A paciente foi submetida a duas baterias de avaliação neuropsicológica, espaçadas por 4 meses, para que suas funções executivas fossem identificadas quanto ao seu estado de funcionamento. A primeira foi feita antes do estímulo dos animais e a segunda após 4 meses de estimulação com a Terapia Assistida por Animais. Após a primeira bateria, um teste prático foi feito: a paciente tocou piano com repertório que possuía lembrança. Por cerca de 2 meses, 4 músicas foram executadas pela paciente e a mesma perseverava sem possuir consciência do fato. Após a estimulação com os animais, feita semanalmente e de forma ininterrupta, a paciente chegou a tocar 39 músicas e possuía consciência das que havia executado, não cometendo mais repetições. Ao longo do estudo, foram observadas melhoras significativas no quadro cognitivo geral, principalmente em relação à linguagem, memória, solução de problemas e comportamentos heteroagressivos. Igualmente, observou-se aumento da interação social junto aos hóspedes da instituição e aos membros da equipe técnica. |